É  considerada grave a situação de quase 20 mil pessoas feridas ou que  ainda não foram resgatadas e estão sem água potável e alimentação há  quase quatro dias em algumas das cidades ilhadas e destruídas de  Alagoas. Os dados são do Exército, que mapeou as 21 cidades atingidas  pela tromba d´água que destruiu cidades inteiras e provocou, até o  momento, 29 mortes confirmadas, e deixou cerca de 50 mil pessoas  desabrigadas.  O socorro tem  surpreendido as equipes de resgate. Segundo o comandante do Exército em  Alagoas, coronel Pinto Sampaio, soldados da corporação, usando  helicópteros, têm feito resgate de sobreviventes em postes e até em  árvores, que estão ilhados, já que o nível dos rios têm demorado a  baixar.  O coronel também foi  enfático e garantiu estar monitorando a denúncia de que a entrega de  cestas básicas esteja sendo feita apenas em redutos eleitorais de  candidatos.  Cerca de 53  famílias quilombolas, localizadas no município de União dos Palmares,  interior de Alagoas, foram encontradas depois de quatro dias  desaparecidas. Com sede e fome, os quilombolas, que são antigos escravos  refugiados em quilombos, perderam tudo o que tinham. Todos foram  levados debilitados a hospitais da região.  O primeiro hospital de campanha, enviado pelo  Governo do Rio de Janeiro, foi montado na cidade de Santana do Mundaú, a  97 km de Maceió, que decretou calamidade pública, já que a região é  muito afetada pelos estragos da enchente.  <>
Fonte: Jornal O Globo em 24/06/2010
 
 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário