Há 526 anos, em 12 de outubro de 1492, Cristóvão Colombo “descobria” a América, que morreu acreditando ser a “Índia” (mais exatamente Cipango, o Japão), como os de sua época chamavam todo o continente asiático. Daí porque o continente ganhou o nome de outro navegador, Américo Vespúcio, que cravou, em 1504, que não era Índia coisa nenhuma, mas um Novo Mundo.
Em 1943, o artista uruguaio Joaquin Torres García (1874-1949) propôs no desenho América Invertida um mapa que fosse assim, “de cabeça para baixo”, mostrando o mundo de outra perspectiva. E nós, o Sul, estaríamos acima. Uma outra América possível, metaforicamente.
“Nosso norte é o Sul. Não deve haver norte, para nós, senão por oposição ao nosso Sul. Por isso agora pomos o mapa ao revés, e então já temos a exata idéia de nossa posição, e não como querem no resto do mundo. A ponta da América, desde agora, prolongando-se, assinala insistentemente o Sul, nosso Norte”, escreveu Torres García.
Visto do espaço, nosso planeta não tem em cima nem embaixo. Na verdade, não há razão científica para o norte estar no topo de todos os mapas. Foi uma decisão dos cartógrafos
Na verdade, não há razão científica para o norte estar no topo de todos os mapas. Foi uma decisão dos cartógrafos, possivelmente levados pelo fato de que os grandes navegadores, como Colombo, se guiavam pela estrela do Norte. E nem faz tanto tempo assim, como conta esta matéria da BBC (https://www.bbc.com/mundo/vert-fut-36632096) : foi Gerardo Mercator quem, em 1569, fez um mapa-múndi assim. Como era o Norte quem mandava na Terra, assim ficou até hoje.
Visto do espaço, nosso planeta não tem em cima nem embaixo, como demonstra esta foto feita pela NASA em 1973, com o Sul no topo, como sonhou Torres García. A agência, porém, a inverteu na divulgação, acreditam?
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