CORONAVÍRUS
Os coronavírus (CoV) são uma grande
família viral, conhecidos desde meados dos anos 1960, que causam infecções
respiratórias em seres humanos e em animais. Geralmente, infecções por
coronavírus causam doenças respiratórias leves a moderada, semelhantes a um
resfriado comum. A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao
longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem. Os
coronavírus comuns que infectam humanos são alpha coronavírus 229E e NL63 e
beta coronavírus OC43, HKU1.
Alguns coronavírus podem causar síndromes respiratórias graves, como a
síndrome respiratória aguda grave que ficou conhecida pela sigla SARS da
síndrome em inglês “Severe Acute Respiratory Syndrome”. SARS é causada pelo
coronavírus associado à SARS (SARS-CoV), sendo os primeiros relatos na China em
2002. O SARS-CoV se disseminou rapidamente para mais de doze países na América
do Norte, América do Sul, Europa e Asia, infectando mais de 8.000 pessoas e
causando entorno de 800 mortes, antes da epidemia global de SARS ser controlada
em 2003. Desde 2004, nenhum caso de SARS tem sido relatado mundialmente.
Em 2012, foi isolado outro novo coronavírus, distinto daquele que causou
a SARS no começo da década passada. Esse novo coronavírus era desconhecido como
agente de doença humana até sua identificação, inicialmente na Arábia Saudita
e, posteriormente, em outros países do Oriente Médio, na Europa e na África.
Todos os casos identificados fora da Península Arábica tinham histórico de
viagem ou contato recente com viajantes procedentes de países do Oriente Médio
– Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes e Jordânia.
Pela localização dos casos, a doença passou a ser designada como
síndrome respiratória do Oriente Médio, cuja sigla é MERS, do inglês “Middle
East Respiratory Syndrome” e o novo vírus nomeado coronavírus associado à MERS
(MERS-CoV).
Manifestações Clínicas
Os coronavírus humanos comuns causam infecções respiratórias brandas a
moderadas de curta duração. Os sintomas podem envolver coriza, tosse, dor de
garganta e febre. Esses vírus algumas vezes podem causar infecção das vias
respiratórias inferiores, como pneumonia. Esse quadro é mais comum em pessoas
com doenças cardiopulmonares, com sistema imunológico comprometido ou em
idosos.
O MERS-CoV, assim como o SARS-CoV, causam infecções graves. Para maiores
informações sobre as manifestações clínicas do MERS-CoV, acesse a página
sobre MERS-CoV.
Período de incubação
De 2 a 14 dias
Período de Transmissibilidade
De uma forma geral, a transmissão viral ocorre apenas enquanto persistirem os
sintomas É possível a transmissão viral após a resolução dos sintomas, mas a
duração do período de transmissibilidade é desconhecido para o SARS-CoV e o
MERS-CoV. Durante o período de incubação e casos assintomáticos não são
contagiosos.
Transmissão inter-humana
Todos os coronavírus são transmitidos de pessoa a pessoa, incluindo os
SARS-CoV, porém sem transmissão sustentada. Com relação ao MERS-CoV, existem a
OMS considera que há atualmente evidência bem documentada de transmissão de
pessoa a pessoa, porém sem evidencias de que ocorra transmissão sustentada.
Modo de Transmissão
De uma forma geral, a principal forma de transmissão dos coronavírus se dá por
contato próximo* de pessoa a pessoa.
* Definição de contato próximo: Qualquer pessoa que cuidou do
paciente, incluindo profissionais de saúde ou membro da família; que tenha tido
contato físico com o paciente; tenha permanecido no mesmo local que o paciente
doente (ex.: morado junto ou visitado).
Fonte de infecção
A maioria dos coronavírus geralmente infectam apenas uma espécie animal ou,
pelo menos um pequeno número de espécies proximamente relacionadas. Porém,
alguns coronavírus, como o SARS-CoV podem infectar pessoas e animais. O
reservatório animal para o SARS-CoV é incerto, mas parece estar relacionado com
morcegos. Também existe a probabilidade de haver um reservatório animal
para o MERS-CoV que foi isolado de camelos e de morcegos.
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