Adital
- Hoje, 5 de junho, Dia Internacional do Meio Ambiente, ativistas de
todas as partes do mundo vão se mobilizar contra a crise capitalista e
em favor de saídas concretas para a crise ambiental.
As
manifestações serão realizadas no marco da 'Mobilização Global contra o
Capitalismo e a Mercantilização da Vida e em defesa dos bens comuns, da
justiça social e ambiental', convocada pela Assembleia de Movimentos
Sociais durante o Fórum Social Temático, realizado em janeiro.
As manifestações de amanhã também querem reforçar o posicionamento
dos movimentos sociais e suas propostas, que serão debatidas durante a
Cúpula dos Povos por Justiça Social e Ambiental, a ser realizada nos
próximos 15 a 23 no Rio de Janeiro (Brasil), onde também acontecerá a
aguardada Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável (Rio+20).
A Articulação de Movimentos Sociais para a Aliança Bolivariana para
os Povos de Nossa América (Alba) está reforçando o chamado da Assembleia
dos Movimentos Sociais e evocando a sociedade civil a se juntar aos
protestos para mostrar a força das mudanças que estão acontecendo desde
toda a América Latina. Mobilizados, ativistas de várias partes do mundo
vão lutar contra a mercantilização da vida e em defesa dos bens comuns e
pela integração dos povos da região.
As ações preparadas para celebrar o Dia Internacional do Meio
Ambiente serão mais uma oportunidade para rejeitar as propostas baseadas
na 'economia verde' e lutar contra a crise sistêmica que se transforma
em crise econômica, financeira, política, alimentar e ambiental e que
prejudica o pleno desenvolvimento da vida humana. A Assembleia dos
Movimentos acredita que hoje a "descolonização dos povos oprimidos e o
enfrentamento ao imperialismo" são os principais desafios dos movimentos
sociais de todo o mundo. Junto a isso, defendem que é preciso reafirmar
o combate às transnacionais, a luta em favor da justiça climática e
pela soberania alimentar, a luta pelo fim da violência contra a mulher,
pela paz, contra a guerra, contra o colonialismo, as ocupações e a
militarização dos territórios.
"A defesa da soberania e a autodeterminação dos povos, a justiça
econômica, ambiental e de gênero, são a chave para o enfrentamento e a
superação da crise, fortalecendo o protagonismo de um Estado livre das
corporações e a serviço dos povos", defendem.
Outra medida importante é conhecer e combater os agentes causadores
do agravamento da crise. São bancos, transnacionais, conglomerados
midiáticos, instituições internacionais e governos que conseguem
benefícios como tratados de livre comércio e medidas de austeridade, que
oprimem ainda mais a população, intensificando as migrações, os
deslocamentos forçados, as desocupações, o endividamento e as
desigualdades sociais.
O aquecimento global e a crescente emissão de gases poluentes na
atmosfera também são resultados da crise. Para tentar contornar a
situação, os agentes causadores da crise mundial desenvolveram a chamada
'economia verde' como 'solução' para a crise ambiental e alimentar. No
entanto, já está comprovado que esta falsa medida na verdade resulta na
mercantilização e privatização da vida.
Os movimentos sociais e ambientais organizados por meio da Assembleia
rejeitam enfaticamente esta falsa saída e outras como os
agrocombustíveis, os transgênicos, a geoengenharia e os mercados de
carbono, "que são novos disfarces do sistema".
Assim, motivados pela necessidade urgente de lutar e inspirados na
batalha de movimentos como Primavera Árabe, Ocuppy Wall Street, Os
Indignados e nas reivindicações dos estudantes chilenos por educação, e
certos de que a população mundial não deve continuar sofrendo os efeitos
da crise capitalista, a Assembleia dos Movimentos Sociais conclama à
participação na grande jornada de mobilização global contra o
capitalismo e pede que a sociedade civil impulsione e a realização da
Cúpula dos Povos.
Fonte:http://diarioliberdade.org
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