Do latim fossilis, que significa “tirado da terra”, os fósseis nada mais são do que vestígios que foram deixados no planeta e viveram no passado. Estes vestígios podem ser, desde ossos, dentes e pegadas impressas em rochas, até mesmo os animais inteiros que ficam conservados no gelo. Chamamos de fossilização o processo pelo qual, naturalmente, um fóssil é formado. Trata-se de algo lento e complexo, e a formação pode levar até mesmo milhares de anos. Apesar de ser tratado de forma tão ampla e simples, o processo é bastante raro, já que é preciso que haja condições bastante específicas para que o vestígio seja conservado.
Como ocorre a Fossilização?
Para que o processo de fossilização seja possível, é preciso que o corpo do ser vivo seja soterrado rapidamente, pois, caso contrário, passará por um processo de degradação natural, por parte de microrganismos decompositores. Estes restos precisam, portanto, ser cobertos por areia, argila e outros sedimentos. Além disso, somente as partes mais rígidas, como os ossos, dentes, troncos, carapaças e conchas, podem ser fossilizadas, uma vez que são as partes que sofrem menos decomposição.
Outro fator determinante para que o processo ocorra, é o tipo de sedimento que submerge o organismo. Este deve ser fino, já que aqueles que são mais espessos podem sofrer
erosão com o movimento das águas. E, finalmente, para que haja uma conservação mais eficaz e melhor para o fóssil, o meio onde ele se forma deve ser ausente de oxigênio, uma vez que a oxidação é um processo que ajuda muito durante a degradação orgânica. Localidades em que as temperaturas são mais baixas facilitam a ocorrência do processo, porque os microrganismos decompositores tem ação reduzida quando está mais frio.
Os fósseis podem ser encontrados em várias formas, que determinam os tipos de fósseis. São eles a moldagem, a contramoldagem, a mumificação, a mineralização e a impressão, que serão explicados a seguir.
Moldagem
O tipo de fossilização denominado moldagem consiste no soterramento dos restos de ser vivo que deixam a forma gravada na pedra, porém são completamente degradados posteriormente. Fica, portanto, um molde do animal na pedra.
Contramoldagem
A contramoldagem, por sua vez, ocorre quando a lacuna deixada durante o processo de moldagem passa a ser preenchida por minerais. Com esse processo, a
solidificação do material que preencheu o molde, constrói uma cópia de rocha do animal.
Mumificação
A mumificação refere-se ao processo de fossilização de ocorrência mais rara. Há, nesse caso, preservação parcial ou total do ser vivo original. Pode ocorrer por meio de congelamento do animal, desidratação ou solidificação por meio de substâncias impermeáveis. São, portanto, preservadas, nesse processo, algumas partes, como por exemplo os órgãos, ou ainda a última refeição do animal antes de morrer.
Mineralização
Também conhecido pelo nome de permineralização, ou ainda petrificação, o tipo de fossilização denominado mineralização ocorre por meio da substituição de substâncias orgânicas do corpo do organismo por minerais que estão presentes no meio, ou ainda que são trazidos pelas correntes de água. A troca é tão precisa que até mesmo as particularidades do corpo são mantidas, mas não resta nada de matéria orgânica original. É exatamente por meio desse processo que os ossos, dentes, unhas, troncos, e outras partes duras são fossilizadas.
Impressão
Por fim, temos o último tipo de fossilização, que é a impressão. Durante esse processo, somente são preservados os vestígios deixados pelo organismo, podendo estes serem tocas, marcas, pegadas ou rastros que o animal deixou quando passou por um terreno mole, que acabaram sendo transformadas em rochas.
A fossilização é o processo de conservação de uma parte, ou ainda de um vestígio deixado por um ser vivo que passou pela Terra há muitos anos.
Fonte: https://www.todoestudo.com.br/biologia/fossilizacao