terça-feira, 21 de maio de 2019

Estudo do Meio - APA Capivari-Monos

No dia 21 de maio de 2019 os alunos da EMEF Constelação do Índio visitaram a APA Capivari-Monos.
Apresentaremos uma breve reflexão sobre o estudo do meio com fotos, mapas e maquetes do espaço estudado.  
O tempo estava propício para a realização da atividade!


Nosso destino: uma areá de preservação permanente no extremo sul da cidade de São Paulo!


Maquetes da Região estudada





Nossa Turma...



Bora começar a caminhada ??


Rio Capivari - O ultimo rio limpo da cidade de São Paulo



Breve Histórico da APA Capivari-Monos

Através da Lei Municipal 13.136, de 09 de julho de 2001, foi criada a Área de Proteção Ambiental (APA) Municipal Capivari-Monos, a primeira Unidade de Conservação de Uso Sustentável criada e gerida pelo Município de São Paulo. A Unidade possui uma área de 251 km², equivalente a um sexto do território da cidade.

Localização 



A APA Capivari-Monos está localizada no extremo sul do município de São Paulo, na Subprefeitura de Parelheiros.O limite norte é o divisor de águas do ribeirão Vermelho e a Cratera de Colônia; ao sul, os municípios de São Vicente e Itanhaém; a leste; o município de São Bernardo do Campo e a oeste os municípios de Juquitiba e Embu-Guaçu.

Abrange parte da bacia hidrográfica do Guarapiranga, parte da bacia hidrográfica da Billings e toda a bacia hidrográfica do Capivari-Monos. Esta última, onde a Mata Atlântica predomina, é uma bacia de vertente marítima, mas contribui para o abastecimento hídrico da Região Metropolitana de São Paulo. Parte das águas do rio Capivari são revertidas para o reservatório Guarapiranga. 
A proteção desta bacia hidrográfica tem, portanto, importância estratégica como reserva de água potável para a metrópole e também para a baixada santista. A APA abriga também as cabeceiras do rio Embu Guaçu, o maior tributário do reservatório Guarapiranga.


A região da APA é composta por uma cobertura vegetal arbórea, representada pela Mata Atlântica, é bastante significativa: Existem pequenas áreas de mata primária e campos naturais, cercadas por grandes extensões de mata secundária em diferentes estágios de regeneração.






Estação Elevatória Capivari

De responsabilidade da SABESP, a Estação Elevatória do Capivari, tem como função bombear a água das partes baixas do Rio Capivari para o reservatório Guarapiranga, local aonde será realizado o tratamento da água para abastecer 3,8 milhões de pessoas que residem na Zona Sudoeste da Cidade de São Paulo. 










A trilha em meio a Mata Atlântica














A Mata Atlântica 
A vegetação da Mata Atlântica é conhecida principalmente por sua exuberância e diversidade, é uma das mais ricas do planeta. A Serra do Mar (SP) contém mais de 800 espécies de árvores, sem falar nas plantas não arbóreas, como as trepadeiras, ervas e gramíneas.
A floresta pode ser dividida em extratos. O extrato superior é chamado de dossel (20-30m), que é composto pelas árvores mais altas, adultas, que recebem toda a intensidade da luz solar que chega na superfície do planeta.  As copas destas árvores formam uma espécie de mosaico, devido à diversidade de espécies. Aí estão as canelas, as leguminosas (anjicos e jacarandás), os ipês, o manacá-da-serra, o guapuruvú, entre muitas outras. As árvores do interior da mata fazem parte do extrato arbustivo, formado por espécies arbóreas que vivem toda a sua vida sombreadas pelas árvores do dossel. Entre elas estão as jabuticabeiras, o palmito Jussara e as begônias, por exemplo. O extrato herbáceo é formado por plantas de pequeno porte que vivem próximas ao solo, como é o caso de arbustos, ervas, gramíneas, musgos, selaginelas e plantas jovens que irão compor os outros extratos quando atingirem a fase adulta.
Em regiões de floresta atlântica onde o índice pluviométrico é maior, tornando o ambiente muito úmido, é favorecida a existência de briófitas (musgos) e pteridófitas (samambaias, por exemplo). Entretanto, para outras plantas, o excesso de umidade pode ser prejudicial e suas folhas, muitas vezes, apresentam adaptação para não reterem água, sendo inclinadas, ponteagudas, cerificadas e sulcadas, facilitando o escoamento da água, evitando o acúmulo, que poderia causar apodrecimento dos tecidos.
Existem plantas que crescem sobre outras, utilizando troncos e folhas como substrato de fixação: as epífitas (epi= sobre / fito= planta) e as lianas. As primeiras são as bromélias, orquídeas, cactáceas, entre outras, que não retiram seus nutrientes do solo. As lianas, são as trepadeiras, que se fixam no solo mas utilizam outras plantas para apoiarem-se na tentativa de alcançar o dossel. Muitas destas plantas tiveram que adaptar-se a períodos de seca, pois contam apenas com as chuvas e a umidade do ar para obtenção de água, já que não estão ligadas ao solo. Estas adaptações dizem respeito ao armazenamento de água em suas folhas ou, como no caso das bromélias, a formação de um reservatório de água no centro da planta, que também serve de  moradia e local para alimentação e reprodução de muitos animais. As plantas epífitas e lianas não são necessariamente parasitas, muitas utilizam a planta hospedeira somente para fixação e apoio, não sendo prejudicial.
No chão da floresta, misturados à serrapilheira, vivem inúmeras espécies de fungos, como os cogumelos basidiomicetos (ex. orelha de pau). Outro tipo de fungo, são as micorrizas, que vivem associadas às raízes das árvores auxiliando na absorção de nutrientes. Também misturados ao solo, estão as sementes e plântulas que aguardam uma entrada de luz para iniciarem seu processo de crescimento.
A luminosidade é pouca no interior da mata, por ser filtrada pelo dossel. As plantas dos extratos inferiores normalmente possuem folhas maiores, para aumentar a superfície de captação de luz. A perda de folhas, dirigindo um maior gasto de energia para o crescimento do caule e este, sendo fino e longo, também parece ser uma estratégia para a planta alcançar o dossel e conseqüentemente, mais luz. 
A  interação entre animais e plantas na Mata Atlântica se dá através de um processo de co-evolução. Pode-se observar especializações extremamente singulares, onde apenas uma espécie de inseto tem a capacidade de polinizar uma determinada espécie de planta. Insetos, aves e mamíferos são os principais polinizadores e dispersores de sementes, mas também existe a dispersão pelo vento (eólica) e pela água, como é o caso dos musgos e algumas plantas com sementes capazes de boiar.






Devastação da Mata Atlântica 




Há 500 anos atrás, a paisagem dominante na costa brasileira era a densa e exuberante Floresta Atlântica, com árvores gigantescas. Este ecossistema estendia-se á partir do litoral, penetrando o continente em direção ao interior por extensões variadas, de acordo com as características geográficas e climáticas. Entretanto, a floresta não era intocada quando chegaram os europeus, estima-se que em 1500 havia cerca de dois a quatro milhões de índios no Brasil e uma grande parte deles vivia na Mata Atlântica.
Segundo a Fundação SOS Mata Atlântica, com a velocidade alarmante com que vêm sendo reduzidas suas coberturas originais, a devastação da Mata Atlântica é duas vezes e meia maior do que a da Floresta Amazônica, a Mata Atlântica está caminhando em um ritmo descontrolado para a extinção e pode acabar dentro de aproximadamente 50 anos.
Atualmente, o crescimento urbano e o consumo dos recursos é o principal fator de degradação da Mata Atlântica, além da falta de políticas públicas que incentivem seu uso sustentável. Este bioma possui grande importância social, econômica e ambiental e sua porção atual correspondente à 8% da cobertura original, nos mostra a necessidade de adoção de medidas eficientes para a sua conservação e recuperação.

A devastação só aumenta!
Nos últimos 30 anos, a Mata Atlântica teve 1,887 milhão de hectares desmatados, o equivalente a 12,4 vezes o tamanho da cidade de São Paulo. Apesar de a maior parte (78%) dessa perda de vegetação ter ocorrido entre 1985 e o ano 2000 – e de as taxas estarem em queda desde 2005 –, a supressão de floresta continua ocorrendo no bioma mais devastado do País.





Líquen Vermelho - bioindicador  de ar puro








Os líquens são seres vivos muito complexos, pois se formam por simbiose (união de dois organismos).  A simbiose que forma os líquens ocorre entre uma alga e um fungo. Sendo o Fungo o componente dominante. 
Eles se desenvolvem em diferentes substratos, desde o do nível do mar, até regiões altíssimas (Monte Everest), estando presentes em diversos locais do mundo. Os líquens se instalam em inúmeros locais, como pedras, galhos, troncos de árvores, folhas, ou até no solo. E existem líquens de diversas formas... Crostosos, escamosos, leprosos, foliosos, fruticosos e gelatinosos. Alguns servem de alimento para inúmeros animais.
Como os líquens são extremamente sensíveis a alterações ambientais. São os melhores bioindicadores conhecidos dos níveis de poluição aérea. Eles são muito sensíveis a poluição ambiental e a radiação, portanto só se desenvolvem em locais onde o ar é limpo. Assim, a presença de líquens sugere baixo índice de poluição, enquanto seu desaparecimento sugere agravamento da poluição ambiental. 
E o mais sensível é o líquen vermelhoEste só se desenvolve nos locais onde a poluição não chegou ou é quase zero. 

Bromélias 













As bromélias são um gênero vegetal que compreende mais de 3.000 espécies distintas, todas pertencentes à família Bromeliaceae. Elas são nativas das regiões tropicais e subtropicais do continente americano, ocorrendo desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina.
Este grupo de plantas possui uma gama de hábitos de vida, ocupando regiões no litoral e também de grandes altitudes, seja na forma terrestre ou epífita (utilizando outra planta como suporte). As bromélias são conhecidas pela alta capacidade adaptativa, uma vez que elas sobrevivem e se dispersam em locais de baixa e alta luminosidade, secos ou úmidos e podem resistir a solos pobres em nutrientes ou temperaturas extremas.

Os Musgos
Os musgos são plantas pequenas e sem sementes que normalmente se desenvolvem em locais úmidos e sombreados. Existem mais de 10 mil espécies, ou tipos, de musgo no mundo inteiro. Eles pertencem a um grupo de plantas chamado briófitas.




Samambáia-açú Imperial (xaxim-bugio)
Facilmente encontrada na Mata Atlântica, a samambaia gigante, são espécies seculares que podem chegar até 10 metros de altura, obtendo aparência de uma palmeira. É conhecida também por samambaia-açú imperial e xaxim-bugio, além de seu nome científico em latim Dicksonia sellowiana. Tem propriedades medicinais e é usada para tratar a hemorragia.
Açú significa grande em língua indígena. O uso excessivo desta planta como xaxim de mudas domésticas levou ao risco de extinção sendo proibidas a sua exploração e comercialização pelo Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente). 
Pode ser considerada pré-histórica. Era encontrada em abundância em toda a Mata Atlântica e leva até 100 anos para atingir idade adulta. Existem até lendas em torno das sementes e frutos da samambaia Açu. Os vasos que antes eram feitos de xaxim, agora podem ser de fibra de coco, uma solução biodegradável e conservacionista.




Estação Meteorológica







Formigueiro





Outras Fotos






Erosão... o escoamento superficial da água da chuva cava esses sulcos... as porções de areia vão assorear (entupir) os rios... é a pegada humana fazendo estragos.. ....falando em pegada... de quem é esse pé??




E o planeta Terra completou mais um volta em torno de seu próprio eixo... 





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