quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Capão Redondo, MST, Laranjas e a (in)Justiça

Até quando vamos tolerar a criminalização da pobreza em detrimento defesa e ocultamento dos crimes da "elite" brasileira?
Os fatos saltam-nos a vista e "falam" por si só.
Vejamos dois casos emblemáticos: Favela Olga Benário - Parque Engenho Novo - Bairro Capão Redondo cidade de São Paulo e Fazenda Capim, que abrange os municípios de Iaras, Lençóis Paulista
As duas áreas foram ocupadas. A localizada no Capão redondo pertence à Viação Campo Limpo e foi ocupada a 2 anos por moradores sem-tetos e a localizada em Iaras pertence a União que foi ocupada pos fazendeiros (agora está nas mãos da Cutrale).
Vamos aos fatos:
No dia 24 de agosto de 2009, a pedido da Justiça, a PM retirou cerca de 800 famílias da área de 14 mil metros quadrados e as jogou na rua. A elite paulistana através do seu braço ideológico(grande mídia) aplaudiu! "onde já se viu, invadir terras dos outros" "
No dia 27 de setembro de 2009 o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) através de uma ocupação-denúncia mostrou para a sociedade mais um "grilo" de terras públicas. (roubo de terra do Estado, muito praticado entre os latifundiários). As terras são consideradas pertencentes ao Núcleo Monções, um complexo de 30 mil hectares divididos em várias fazendas e que pertencem à União. A fazenda Capim, com mais de 2,7 mil hectares, foi grilada pela Sucocítrico Cutrale, uma das maiores empresas produtora de suco de laranja do mundo, para a monocultura de laranja.
Só que a frase " onde já se viu, invadir terras dos outros", denunciando os crimes dos fazendeiros, não ecoou em nenhum meio de comunicação. Serviu sim para novamente criminalizar o MST, movimento responsavel pela denuncia de um dos mais abimináveis crimes agrários praticados no Brasil - a grilagem de terras públicas.
O mais absurdo ainda é que a justiça brasileita (via entrevistas do Presidente do Supremo) foi conivente ao crime de "colarinho branco", se posicionnado favorável à elite econômica criminalizando novamente os movimentos sociais, autores da denuncia.

Conclusão:
A "Elite" paulistana pode despejar famílias que ocuparam terrenos de especuladores na capital, mas os movimentos sociais não podem despejar a CUTRALE que ocupou ilegalmente terras públicas da União.

Esse é o consenso que eles querem perpetuar:
Isso pode:




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Isso não pode:Adicionar imagem











Basta!!


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