Por Leonardo Sakamoto
Sempre fui cético quanto à real capacidade dos flash mobs (aqueles protestos instantâneos, organizados pela internet ou por mensagens SMS) de contribuírem com alguma mudança na vida real. Presenciei vários deles, como quando um grupo de umas 80 pessoas se reuniu no vão livre do Masp para exigir “Fora Sarney”. Cruzavam a faixa de pedestres quando o semáforo fechava e retornavam à calçada quando abria. Um ato mais para expiação da culpa individual do que algo realmente construtivo. Depois o povo deve ter ido tomar um refri na rede de fast food mais perto.
Mas vêm da Alemanha notícias de que nem tudo está perdido. Por lá, flash mobs têm sido utilizados por sindicatos para lutar por direitos trabalhistas. Por exemplo, 150 pessoas foram convocadas a encherem carrinhos de compras e os abandonarem lotados nos corredores em um shopping center em Aschersleben na última quinta. Distribuíram panfletos exigindo melhores salários e explicaram aos outros trabalhadores o porquê da manifestação. Com isso, o comércio foi interrompido por uma hora e os empregados da loja levaram um dia inteiro para devolver tudo ao lugar, causando claros prejuízos.
Recentemente, ao analisar um caso de flash mob “trabalhista” semelhante ocorrido em 2007, o Tribunal Federal do Trabalho da Alemanha considerou que essa forma de protesto é legítima e não pode ser considerada um impedimento aos negócios: “Uma ação organizada por um sindicato como esta, realizada no contexto de uma ação de classe, não é ilegal”, de acordo com a Der Spiegel. A irritação de patrões com a decisão pode levar o caso à Suprema Corte.
A idéia poderia ser copiada por aqui também. Mas duvido que muitos dos manifestantes de butique que temos no Brasil sentiriam-se confortáveis em participar de uma ação como essa. Isso se conseguissemos alguém, é claro, uma vez que na Alemanha há uma história de protestos de massa, enquanto aqui a gente ainda engatinha.
Mas vêm da Alemanha notícias de que nem tudo está perdido. Por lá, flash mobs têm sido utilizados por sindicatos para lutar por direitos trabalhistas. Por exemplo, 150 pessoas foram convocadas a encherem carrinhos de compras e os abandonarem lotados nos corredores em um shopping center em Aschersleben na última quinta. Distribuíram panfletos exigindo melhores salários e explicaram aos outros trabalhadores o porquê da manifestação. Com isso, o comércio foi interrompido por uma hora e os empregados da loja levaram um dia inteiro para devolver tudo ao lugar, causando claros prejuízos.
Recentemente, ao analisar um caso de flash mob “trabalhista” semelhante ocorrido em 2007, o Tribunal Federal do Trabalho da Alemanha considerou que essa forma de protesto é legítima e não pode ser considerada um impedimento aos negócios: “Uma ação organizada por um sindicato como esta, realizada no contexto de uma ação de classe, não é ilegal”, de acordo com a Der Spiegel. A irritação de patrões com a decisão pode levar o caso à Suprema Corte.
A idéia poderia ser copiada por aqui também. Mas duvido que muitos dos manifestantes de butique que temos no Brasil sentiriam-se confortáveis em participar de uma ação como essa. Isso se conseguissemos alguém, é claro, uma vez que na Alemanha há uma história de protestos de massa, enquanto aqui a gente ainda engatinha.
Olá, estou procurando outros exemplos de flashbs compromentidos com a transformação política. De preferência na AL. Sabe de mais algum?
ResponderExcluirOlá, estou procurando outros exemplos de flashbs compromentidos com a transformação política. De preferência na AL. Sabe de mais algum?
ResponderExcluirlivia04alcantara@gmail.com