Ainda que a crítica nunca é unânime em qualquer tema de arte, muito menos com um alto componente político, o documentário de Oliver Stone sobre o presidente venezuelano Hugo Chávez mudou o sentido da Mostra de Veneza.
Fê-lo de forma positiva porque, apesar de boa parte do público e de alguns especialistas dar-lhe as costas, inscreveu-se entre os materiais que tratam de dar uma visão objetiva e aprofundada sobre uma personalidade latino-americana.
É um herói, um fenômeno, disse sem meias palavras Stone, que não hesitou em qualificar sua realização de resposta às infâmias e acusações ventiladas através dos meios de difusão comprometidos com a direita, em especial os estadunidenses.
South of the Border (Ao sul da fronteira) é o título apresentado pelo laureado diretor norte-americano, muito reconhecido por Platoon, Nascido em 4 de julho, JFK, Wall Street e mais recentemente W (sobre George W. Bush).
Com três prêmios Oscar em sua carreira (por Platoon e Nascido em 4 de julho), além do roteiro de O expresso da meia-noite, Stone foi mais provocador ainda e convidou o presidente da Venezuela para assistir à estréia do documentário aqui.
Em seguida a outra fita irreverente, a cargo do também muito inquieto Michael Moore, a chegada do presidente Chávez terminou por render para as gôndolas venezianas, ante certa letargia de que dava sinais a reputada Mostra.
Stone foi acompanhado pelo prestigioso intelectual anglo-paquistanês Tariq Ali, especialista em América Latina, que colaborou no roteiro, para apresentar primeiro, ontem, o documentário e, em seguida, dar o toque de graça com o efeito da chegada do próprio protagonista.
"O filme foi uma experiência libertadora", assegurou Stone ao exibir uma fita que em 75 minutos resume a experiência de Chávez como mediador numa missão de paz para libertar reféns na Colômbia.
Um chefe de Estado aclamado por seu povo de forma majoritária, que se revelou como um fenômeno, viajamos muito, quase um 'road movie', para ver a mudança incrível que a Venezuela atravessa, destacou. Foi o governante latino-americano que desafiou o Fundo Monetário Internacional, essa organização neoconservadora que obrigou a aplicar medidas em todo o continente e provocou a desvalorização na Argentina, por isso o considero um herói, pontualizou Stone.
Os presidentes Evo Morales (Bolívia), Cristina Fernández e seu esposo, o ex-dignatário Néstor Kirchner (Argentina), Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Raúl Castro (Cuba), Fernando Lugo (Paraguai) e Rafael Correa (Equador) aparecem em entrevistas no documentário.
Sem que faltassem pontos de vista de amargura visceral de colegas ocidentais, a ovação foi a melhor resposta e o reconhecimento à ideia desenvolvida por Stone: Hugo Chávez não é o inimigo público fabricado por Washington e é um homem que cree sinceramente que é possível mudar o mundo e sua historia.
Fê-lo de forma positiva porque, apesar de boa parte do público e de alguns especialistas dar-lhe as costas, inscreveu-se entre os materiais que tratam de dar uma visão objetiva e aprofundada sobre uma personalidade latino-americana.
É um herói, um fenômeno, disse sem meias palavras Stone, que não hesitou em qualificar sua realização de resposta às infâmias e acusações ventiladas através dos meios de difusão comprometidos com a direita, em especial os estadunidenses.
South of the Border (Ao sul da fronteira) é o título apresentado pelo laureado diretor norte-americano, muito reconhecido por Platoon, Nascido em 4 de julho, JFK, Wall Street e mais recentemente W (sobre George W. Bush).
Com três prêmios Oscar em sua carreira (por Platoon e Nascido em 4 de julho), além do roteiro de O expresso da meia-noite, Stone foi mais provocador ainda e convidou o presidente da Venezuela para assistir à estréia do documentário aqui.
Em seguida a outra fita irreverente, a cargo do também muito inquieto Michael Moore, a chegada do presidente Chávez terminou por render para as gôndolas venezianas, ante certa letargia de que dava sinais a reputada Mostra.
Stone foi acompanhado pelo prestigioso intelectual anglo-paquistanês Tariq Ali, especialista em América Latina, que colaborou no roteiro, para apresentar primeiro, ontem, o documentário e, em seguida, dar o toque de graça com o efeito da chegada do próprio protagonista.
"O filme foi uma experiência libertadora", assegurou Stone ao exibir uma fita que em 75 minutos resume a experiência de Chávez como mediador numa missão de paz para libertar reféns na Colômbia.
Um chefe de Estado aclamado por seu povo de forma majoritária, que se revelou como um fenômeno, viajamos muito, quase um 'road movie', para ver a mudança incrível que a Venezuela atravessa, destacou. Foi o governante latino-americano que desafiou o Fundo Monetário Internacional, essa organização neoconservadora que obrigou a aplicar medidas em todo o continente e provocou a desvalorização na Argentina, por isso o considero um herói, pontualizou Stone.
Os presidentes Evo Morales (Bolívia), Cristina Fernández e seu esposo, o ex-dignatário Néstor Kirchner (Argentina), Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Raúl Castro (Cuba), Fernando Lugo (Paraguai) e Rafael Correa (Equador) aparecem em entrevistas no documentário.
Sem que faltassem pontos de vista de amargura visceral de colegas ocidentais, a ovação foi a melhor resposta e o reconhecimento à ideia desenvolvida por Stone: Hugo Chávez não é o inimigo público fabricado por Washington e é um homem que cree sinceramente que é possível mudar o mundo e sua historia.
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