Por Dennys Girardi
Vivemos o auge da era do indivíduo. Para onde olhamos vemos a queda dos ideais de coletividade. Desde a instituição familiar até as mais ideológicas linhas de pensamento coletivo perderam sua dinâmica interna.
Nas instituições se percebem numa crise interna, e esta crise está intimamente ligada ao novo modelo humano que passou a imperar, o humano individualista. Quando falamos em individuo nos remetemos ao latim, onde se diz "individuu", que significa aquele é único e indivisível. Ou seja, o indivíduo é algo que é por si e único. Não pode ser cindido nem separado.
Na seqüência vemos o surgimento dos termos "individualidade", que se remete ao modo de ser do individuo, e "individualismo", que se refere à doutrina, corrente, filosofia, ou seja, uma doutrina do individual. Se fizermos uma analogia com outro termo, por exemplo "cristianismo", notamos de um lado o "Cristo", naquilo que ele foi, e de outro lado o "cristianismo", o modo com que vivem e se relacionam os que crêem em Cristo, percebemos claramente que um nada tem a ver com o outro.
O "ismo" se refere à decadência (saída da cadência originária) de um elemento auto-suficiente e forte por si. Daí que a individualidade é valorosa e importante, mas o individualismo se apresenta como fator de permanente atenção, pois pode aparecer de várias formas, criando processos estranhos e perigosos a existência humana.
A individualidade é uma das mais fortes marcas do humano. É ele, enquanto indivíduo, que age no mundo. Contudo, a vida acontece na coletividade, somos um "nó de relações". Mas, hoje vemos acentuar-se a valorização do individuo, neste processo cada um coloca seus interesses acima de qualquer coisa. Ou seja, a autoridade do individuo está acima de qualquer definição apresentada anteriormente. Os valores universais não estão definidos e claros, pois cada um faz uma leitura do mundo a partir de valores individuais, que nem sempre são consensos humanos.
Todo este movimento pode ser presenciado publicamente na política, onde cada indivíduo busca o melhor para si, defendendo somente interesses particulares. De certo modo o entendimento de "pólis" é novo, pois não se enquadra no ideal de bem comum, mas de adequação ao individual. Assim, as estruturas políticas surgem para servir alguns indivíduos, em suas necessidades especificas, não se atendo às necessidades reais da coletividade.
O que chamamos de corrupção nada mais é do que a cristalização do individualismo na política. O corrupto se coloca acima de qualquer coisa, ele é o único individuo que deve ser beneficiado. Ou seja, nada existe além dele. Neste modo de pensar, onde o individuo é o centro, a punição se torna inútil, pois não age como regeneradora, mas vem motivar novas ações na mesma intensidade.
Vivemos uma crise universal de valores coletivos. "Tudo que era sólido, está desvanecendo no ar" . A humanidade urge por novos valores, por um novo ethos, onde aja um consenso mínimo que garanta a sobrevivência da espécie.
Fonte: http://www.netsaber.com.br/resumos/ver_resumo_c_44566.html
Vivemos o auge da era do indivíduo. Para onde olhamos vemos a queda dos ideais de coletividade. Desde a instituição familiar até as mais ideológicas linhas de pensamento coletivo perderam sua dinâmica interna.
Nas instituições se percebem numa crise interna, e esta crise está intimamente ligada ao novo modelo humano que passou a imperar, o humano individualista. Quando falamos em individuo nos remetemos ao latim, onde se diz "individuu", que significa aquele é único e indivisível. Ou seja, o indivíduo é algo que é por si e único. Não pode ser cindido nem separado.
Na seqüência vemos o surgimento dos termos "individualidade", que se remete ao modo de ser do individuo, e "individualismo", que se refere à doutrina, corrente, filosofia, ou seja, uma doutrina do individual. Se fizermos uma analogia com outro termo, por exemplo "cristianismo", notamos de um lado o "Cristo", naquilo que ele foi, e de outro lado o "cristianismo", o modo com que vivem e se relacionam os que crêem em Cristo, percebemos claramente que um nada tem a ver com o outro.
O "ismo" se refere à decadência (saída da cadência originária) de um elemento auto-suficiente e forte por si. Daí que a individualidade é valorosa e importante, mas o individualismo se apresenta como fator de permanente atenção, pois pode aparecer de várias formas, criando processos estranhos e perigosos a existência humana.
A individualidade é uma das mais fortes marcas do humano. É ele, enquanto indivíduo, que age no mundo. Contudo, a vida acontece na coletividade, somos um "nó de relações". Mas, hoje vemos acentuar-se a valorização do individuo, neste processo cada um coloca seus interesses acima de qualquer coisa. Ou seja, a autoridade do individuo está acima de qualquer definição apresentada anteriormente. Os valores universais não estão definidos e claros, pois cada um faz uma leitura do mundo a partir de valores individuais, que nem sempre são consensos humanos.
Todo este movimento pode ser presenciado publicamente na política, onde cada indivíduo busca o melhor para si, defendendo somente interesses particulares. De certo modo o entendimento de "pólis" é novo, pois não se enquadra no ideal de bem comum, mas de adequação ao individual. Assim, as estruturas políticas surgem para servir alguns indivíduos, em suas necessidades especificas, não se atendo às necessidades reais da coletividade.
O que chamamos de corrupção nada mais é do que a cristalização do individualismo na política. O corrupto se coloca acima de qualquer coisa, ele é o único individuo que deve ser beneficiado. Ou seja, nada existe além dele. Neste modo de pensar, onde o individuo é o centro, a punição se torna inútil, pois não age como regeneradora, mas vem motivar novas ações na mesma intensidade.
Vivemos uma crise universal de valores coletivos. "Tudo que era sólido, está desvanecendo no ar" . A humanidade urge por novos valores, por um novo ethos, onde aja um consenso mínimo que garanta a sobrevivência da espécie.
Fonte: http://www.netsaber.com.br/resumos/ver_resumo_c_44566.html
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