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A crise financeira e o aumento do preço dos alimentos são as causas avançadas pela ONU para explicar o aumento repentino do número de pessoas que passam fome. A responsável do Programa Mundial de Alimentos, Josette Sheeran, garante que "este ano há no mundo mais pessoas esfomeadas do que nunca". Os números podem ser analisados nestes gráficos.
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Em 2006 havia 873 milhões de pessoas com fome, em 2008 eram já 915 milhões e no final de 2009 esta cifra sobe para mais de mil milhões. Ao mesmo tempo que sobe o número de pessoas com fome, as verbas da ONU para combater o flagelo têm diminuído.Pior ainda: a verba prevista para este ano - já de si baixa e que daria apenas para alimentar 108 milhões de pessoas em 74 países - foi cortada em quase dois terços. Dos 6.700 milhões de dólares previstos, o Programa Nacional de Alimentos recebeu dos vários países contribuições que somam apenas 2.600 milhões de dólares. Esta diminuição do orçamento já teve como consequência o corte de programas de ajuda na Guatemala, no Kenya e no Bangladesh.Josette Sheeran sublinhou que "menos de 1%" das injecções financeiras que os governos levaram a cabo junto dos bancos poderia resolver o desastre de milhões de pessoas vítimas da fome.
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