Por Eduardo Bomfim *
É insuficiente aos povos o crescimento econômico se ele não estiver associado a um projeto de civilização. E o que estamos assistindo no Brasil é uma amostra de uma crise multilateral e mundial de valores.
Evidente que não existe nenhuma possibilidade de construção de marcos mais avançados para as sociedades quando faltam aos povos as condições mínimas e básicas para uma vida digna aos cidadãos e cidadãs. Quando a luta brutal pela sobrevivência toma todo o tempo do indivíduo e ele não tem acesso suficiente ao conforto básico para que possa ocupar-se com as suas inquietações espirituais e filosóficas. Principalmente quando não se tem o direito a uma educação mais adequada à perspectiva de ocupar um melhor lugar ao sol através da labuta em uma profissão decente e melhor remunerada que traga o conforto e a recompensa do seu esforço de toda uma vida. Ou quando ele vira um número nas estatísticas para comprovar o avanço ao direito, inalienável, de se ter saúde publica e gratuita e uma aposentadoria respeitável ao se encaminhar para o outono da sua existência, mas que na verdade trata-se tão somente de um número que serve às estatísticas porque não há em absoluto qualidade de vida para a velhice que se aproxima.
É insuficiente aos povos o crescimento econômico se ele não estiver associado a um projeto de civilização. E o que estamos assistindo no Brasil é uma amostra de uma crise multilateral e mundial de valores.
Evidente que não existe nenhuma possibilidade de construção de marcos mais avançados para as sociedades quando faltam aos povos as condições mínimas e básicas para uma vida digna aos cidadãos e cidadãs. Quando a luta brutal pela sobrevivência toma todo o tempo do indivíduo e ele não tem acesso suficiente ao conforto básico para que possa ocupar-se com as suas inquietações espirituais e filosóficas. Principalmente quando não se tem o direito a uma educação mais adequada à perspectiva de ocupar um melhor lugar ao sol através da labuta em uma profissão decente e melhor remunerada que traga o conforto e a recompensa do seu esforço de toda uma vida. Ou quando ele vira um número nas estatísticas para comprovar o avanço ao direito, inalienável, de se ter saúde publica e gratuita e uma aposentadoria respeitável ao se encaminhar para o outono da sua existência, mas que na verdade trata-se tão somente de um número que serve às estatísticas porque não há em absoluto qualidade de vida para a velhice que se aproxima.
Nós estamos vivendo uma época em que as pessoas comuns estão correndo sofregamente em uma competição desenfreada e desprovida de causas. Elas não se sentem participantes de uma grande jornada nacional que lhe dê a satisfação de que as suas contribuições ao bem coletivo são uma poupança respeitável para uma sociedade mais evoluída e mais justa.É claro que do ponto de vista pragmático todos fazem as sua escolhas eleitorais de acordo com as suas expectativas, a realidade objetiva e o confronto político em cada conjuntura determinada. No entanto não se pode dizer que nesse início do século XXI prevalecem as luzes. É possível afirmar que o preponderante são as incertezas.
É um tempo difícil e também é verdade que esse não é o pior período para a humanidade porque outros mais dramáticos já aconteceram. Mas a sociedade de um consumo alienante tem sido o Alfa e o Ômega das aspirações a que são pautados diariamente os indivíduos através de uma mídia conduzida, em grande parte, à alienação dos projetos coletivos.O que leva às pessoas a uma atitude apática e conformista em relação ao projeto que efetivamente aspiram para o seu País. Tudo isso é muito conveniente a uma ínfima elite econômica que se esbalda em lucros estratosféricos enquanto a nação patina em uma crise de civilização.
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