quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Capitalismo brasileiro: Jovens passaram quatro anos como escravos do gado

Uma verdadeira maquina de moer carne humana. Essa é a realidadede das relações de trabalho que prolifram em alguns rincões do nosso velho Brasil. Seja no corte da cana, nas fazendas de gado ou nas áreas de extração de madeira, nesses lugares a vida humana tem sido considerada descartável, servindo apenas como mão-de-obra barata para enrriquecer ilícitamente os "ditos podutores rurais".
São os mesmos que, defendidos pela UDR, SRB e pela CNA, têm incondicionalmente se recusado discutir as mudanças nos índices de produtividade, vigente desde 1975.
Diente desse contexto torna-se urgente, não só a atualização dos tais indíces de produtivdade como também resgatar a PEC 438 (Projeto de emenda a Constitução que expropria as terras dos neo-escravocratas para fins de reforma agraria) que está engavetada em alguma subcomissão no Senado Federal.

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Reproduzo aqui um texto do Blog do Sacamoto para reforçar meus argumentos.

Muitos acham difícil a vida entre os 12 e os 16 anos – escola, relacionamentos amorosos, os pais que não os entendem, uma bomba hormonal que cai de repente, dinheiro curto… Mas difícil mesmo era a vida de dois adolescentes de 16 anos que passaram os últimos quatro anos como escravos na fazenda Barbosa, no município de Minaçu (GO). Faziam parte de um grupo de 32 libertados da escravidão, alguns dos quais pastavam na área há 12 anos.
A ação de libertação, realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho e Polícia Rodoviária Federal, ocorreu em terras de Agenor Ferreira Nick Barbosa, grande pecuarista da região. Se alguém quisesse equipamento de proteção para o trabalho tinha que comprar. Se alguém precisasse de foices também. Ou seja, pagavam para trabalhar.
Alguns dormiam em pedaços de espumas velhas. Outros passavam a noite debaixo de uma árvore - entre os que dormiam no relento, uma criança de quatro anos de idade. De manhã, era café puro. No almoço e no jantar, arroz, feijão e mandioca. Pouco para parar um saco em pé, imagine um trabalhador.
Casos de acidentes sem prestação de socorro e de intoxicações por agrotóxicos foram delatados. O “gato”, contratador de mão-de-obra do fazendeiro, era “confiável”: estava sendo procurado por homicídio.
Segundo apuração aqui da Repórter Brasil, os trabalhadores foram retirados do local e receberão os salários devidos e demais direitos trabalhistas. O Conselho Tutelar de Minaçu (GO) e o Ministério Público Estadual (MPE) foram chamados por causa dos jovens encontrados. Ao ver a situação, o promotor disse aos trabalhadores: “os presos da cidade dormem muito melhor do que vocês”.

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