Formada por médicos, enfermeiros, educadores e militantes de trabalho de base, brigadas do MST trabalham no atendimento médico de urgência, no apoio à população e na reorganização dos municípios, montando acampamentos provisórios para abrigar os desabrigados; contribuindo na reconstrução de escolas e na limpeza das ruas, entre outras tarefas. As cidades de Palmares, Água Preta e Barreiros foram praticamente destruídas, sobrando apenas amontoados de destroços e restos de casas.
Mais de 100 trabalhadores rurais do MST de Pernambuco estão trabalhando no apoio às populações das cidades e povoados mais afetados pelas enchentes que atingiram o Estado nas últimas semanas.
Foram organizadas duas brigadas de solidariedade, que trabalham em diferentes frentes. A primeira, localizada no município de Barreiros, na Zona da Mata Sul, trabalha no apoio à distribuição de donativos que chegam à cidade, principalmente por meio do Exército.
A segunda, batizada de brigada Che Guevara, tem a sua base no município de Água Preta, também na Mata Sul e um dos mais atingidos pelas enchentes.
Formada por médicos, enfermeiros, educadores e militantes de trabalho de base, essa brigada trabalha no atendimento médico de urgência, no apoio à população e na reorganização do município, montando acampamentos provisórios para abrigar os desabrigados; contribuindo na reconstrução de escolas e na limpeza das ruas, entre outras tarefas.
Outra questão importante é começar a pensar em ações preventivas para evitar futuras doenças e epidemias que podem afetar a população por causa das condições em que estão expostas essas pessoas.
Destruição pela chuva
No dia 27 de junho, o conjunto da direção do MST em Pernambuco foi ver de perto a situação da Mata Sul do Estado, uma semana depois da primeira cheia e um dia antes da segunda enchente que devastou toda a região.
Grande parte das cidades, povoados, vilas, arruados e assentamentos da região da Mata Sul e Agreste Meridional de Pernambuco, principalmente as que ficam a margem do rio Una, sofreram as consequências das cheias. Em cidades do agreste como Altinho e Agrestina, as águas cobriram casas e desalojaram famílias.
Na Zona da Mata, a força das águas do Rio Una destruiu cidades e povoados inteiros, como os distritos de Batateira, no município de Belém de Maria; Laje Grande, em Catende; e arruados próximos dos rios. Municípios como Catende, Maraial e Jaqueira tiveram parte das cidades totalmente alagadas e milhares de famílias desalojadas.
As cidades de Palmares, Água Preta e Barreiros foram praticamente destruídas, sobrando apenas amontoados de destroços e restos de casas.
A infra-estrutura desses municípios foi praticamente toda destruída: pontes, estradas, abastecimento de água, energia elétrica, rede de esgotos, escolas, postos de saúde e hospitais, tudo tomado por água e
lama.
Assentamentos atingidos
Da mesma forma que as cidades, todos os assentamentos localizados nessa região foram direta ou indiretamente atingidos.
No assentamento Serra dos Quilombos, localizado no Município de Bonito, por exemplo, quase todas as casas das 68 famílias foram cobertas pelas águas do Rio Una.
Onze casas foram totalmente destruídas e todas as outras estão inabitáveis. As famílias estão acampadas em barracas de lonas doadas pela prefeitura e pela defesa civil do governo do estado.
O Assentamento Camurim Grande, com 140 famílias, está isolado, 14 casas foram destruídas, e as famílias tem recebido alimentação por helicóptero. No Assentamento Antonio Conselheiro, no município de Gameleira, as 90 famílias tiveram suas casas destruídas e danificadas.
Além das casas, os assentamentos da região tiveram toda a infra-estrutura social - escolas, pontes, casas comunitárias, postos de saúde - danificadas. No campo da produção, praticamente tudo foi destruído.
Fonte: Agencia Carta Maior
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