Por Rodrigo Andrade
Os manifestantes não chegaram a andar quinhentos metros e foram fechados pelos policiais da Rocam, sendo cobertos, em seguida, por uma nuvem de gás e pelo barulho das explosões de bombas de efeito moral. Houve correria, uma das faixas foi tomada pelos policiais e a marcha se dispersou.
Cerca de cem pessoas realizaram uma manifestação na Avenida Dona Belmira Marin, distrito do Grajaú (SP), nesta sexta-feira, 28, exigindo ações do poder público para diminuir o caos no trânsito da região. Portando faixas, cartazes, apitos e manifestos, os manifestantes começaram a se reunir por volta das seis horas da manhã, em frente ao Circo-Escola Grajaú, chamando os passageiros dos ônibus e lotações [dois tipos de autocarros] para descer e participar do ato. A profissional autônoma Gorete, que não quis dizer o sobrenome, disse que é preciso a população fazer alguma coisa, pois, assim como outras pessoas, sua filha “leva duas horas a mais no trajeto e corre risco, pois volta andando sozinha”. De acordo com André, que também não quis dizer o sobrenome, membro da Juventude do PT, o objetivo do ato era chamar atenção do poder público “para construir uma audiência pública e debater o problema da Belmira Marin”, defendendo que não é mais possível “o pai de família descer lá na linha do trem e vir andando até o Cocaia, porque o trânsito não flui”. A Polícia Militar, que já estava à espera dos manifestantes desde as cinco horas, levou grande efetivo ao local e estava determinada a não permitir a ocupação da avenida pela população. Desde o início das negociações os policiais diziam que só deixariam a marcha adentrar a via após as oito horas. Mesmo assim, os organizadores do ato levaram adiante o planejamento, que havia sido amplamente divulgado por meio de manifestos que convidavam a população para o ato, de realizar uma marcha e parar o trânsito da Belmira Marin.
Reação Violenta
Os manifestantes, porém, não chegaram a andar quinhentos metros e foram fechados pelos policiais da Rocam [Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas], sendo cobertos, em seguida, por uma nuvem de gás e pelo barulho das explosões de inúmeras bombas de efeito moral lançadas pelos policiais da Força Tática. Houve correria, uma das faixas foi tomada pelos policiais e a marcha se dispersou. A Polícia Militar acabou fechando, ela mesma, a avenida e desviando o tráfego no sentido centro por outras ruas da região. Cerca de 15 minutos depois a população se reuniu no estacionamento de uma padaria e, após nova conversa com os policiais, decidiu prosseguir a marcha pela calçada. A polícia acompanhou a marcha a bordo dos veículos, espirrando, vez por outra, spray de pimenta sobre os manifestantes. Paulo, outro que não quis dizer o sobrenome, vice-presidente da Associação dos Moradores do Jardim Eliana, teve o rosto queimado pelo spray que foi lhe atirado diretamente: “jogou assim, o jato na minha cara mesmo… tá queimando”. Além disso, quando algum manifestante se colocava na via, os policiais aceleravam violentamente os carros, chegando algumas vezes a atingir a pessoa para que essa voltasse para a calçada. Os participantes começaram a gritar palavras de ordem como “abaixo a ditadura” e “o povo na rua, Kassab a culpa é sua” e a cantar “eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor”, como única forma de reagir à truculência policial, já que o número de manifestantes era pequeno em relação ao número de policiais. Como resposta, a Polícia Militar soou as sirenes dos carros, tornando o canto quase inaudível a quem estava do outro lado da avenida.
Os manifestantes, porém, não chegaram a andar quinhentos metros e foram fechados pelos policiais da Rocam [Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas], sendo cobertos, em seguida, por uma nuvem de gás e pelo barulho das explosões de inúmeras bombas de efeito moral lançadas pelos policiais da Força Tática. Houve correria, uma das faixas foi tomada pelos policiais e a marcha se dispersou. A Polícia Militar acabou fechando, ela mesma, a avenida e desviando o tráfego no sentido centro por outras ruas da região. Cerca de 15 minutos depois a população se reuniu no estacionamento de uma padaria e, após nova conversa com os policiais, decidiu prosseguir a marcha pela calçada. A polícia acompanhou a marcha a bordo dos veículos, espirrando, vez por outra, spray de pimenta sobre os manifestantes. Paulo, outro que não quis dizer o sobrenome, vice-presidente da Associação dos Moradores do Jardim Eliana, teve o rosto queimado pelo spray que foi lhe atirado diretamente: “jogou assim, o jato na minha cara mesmo… tá queimando”. Além disso, quando algum manifestante se colocava na via, os policiais aceleravam violentamente os carros, chegando algumas vezes a atingir a pessoa para que essa voltasse para a calçada. Os participantes começaram a gritar palavras de ordem como “abaixo a ditadura” e “o povo na rua, Kassab a culpa é sua” e a cantar “eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor”, como única forma de reagir à truculência policial, já que o número de manifestantes era pequeno em relação ao número de policiais. Como resposta, a Polícia Militar soou as sirenes dos carros, tornando o canto quase inaudível a quem estava do outro lado da avenida.
Final Infeliz
Na chegada da marcha ao Terminal Grajaú a polícia cercou o local para impedir os manifestantes de o ocuparem. A população fez uma roda no estacionamento do Banco Bradesco, onde decidiu dar fim ao ato, prometendo realizar novas manifestações se o poder público não tomar providências quanto à situação do trânsito na região. Nenhum representante do poder público, governo ou secretaria de transportes compareceu à manifestação. Após a decisão de dispersar, um grupo de policiais se aproximou de onde estavam os organizadores do ato, querendo conversar com Dheison Silva, membro da juventude do PT. Houve correria e Dheison adentrou a Escola Estadual Professor Carlos Ayres, perseguido por três policiais. A população tentou acompanhá-lo, mas foi impedida por policiais que fizeram uma barreira no portão de entrada, não permitindo manifestantes nem imprensa no local. Após meia hora Dheison foi liberado.
Na chegada da marcha ao Terminal Grajaú a polícia cercou o local para impedir os manifestantes de o ocuparem. A população fez uma roda no estacionamento do Banco Bradesco, onde decidiu dar fim ao ato, prometendo realizar novas manifestações se o poder público não tomar providências quanto à situação do trânsito na região. Nenhum representante do poder público, governo ou secretaria de transportes compareceu à manifestação. Após a decisão de dispersar, um grupo de policiais se aproximou de onde estavam os organizadores do ato, querendo conversar com Dheison Silva, membro da juventude do PT. Houve correria e Dheison adentrou a Escola Estadual Professor Carlos Ayres, perseguido por três policiais. A população tentou acompanhá-lo, mas foi impedida por policiais que fizeram uma barreira no portão de entrada, não permitindo manifestantes nem imprensa no local. Após meia hora Dheison foi liberado.
MAS QUE COISA CHATA QUE ASVEZES AS PESSOAS TEM QUE FASER PARA CONQUISTAR
ResponderExcluirOS SEU DIREITOS SABEMOS QUE NAO É SERTO MAS NAO TEM OUTRA OPISAO.