quarta-feira, 16 de junho de 2010

Cinco meses depois do sismo, as doenças estão a aumentar. Segundo o comandante português Nuno Lima, as ajudas humanitárias estão “muito mal geridas”.
Passados cinco meses desde o início dos sismos que devastaram o Haiti os relatos de um oficial a trabalhar no terreno revelam uma “situação caótica”. Segundo o comandante Nuno Lima, responsável da Associação Cinotécnica de Buscas e Salvamento, as chuvas intensas que se têm registado nas últimas semanas fizeram disparar as doenças entre a população, “mais do que na altura do terramoto”. Em declarações à agência Lusa, o comandante afirmou que a cólera, a malária e as infecções respiratórias nas mulheres e crianças são os casos mais comuns.
Nuno Lima considerou ainda que tendo em conta a quantidade de ONGs presentes, e os milhares de dólares que foram atribuídos pelos fundos internacionais, “não se vê muito feito, porque as pessoas têm fome, têm sede e não têm sítio para habitar”. O comandante afirma que ainda não há um surto de epidemias, mas constata-se que o grau de atendimentos médicos nas clínicas móveis está a disparar novamente.
“Temos tido algumas queixas da população que está revoltada com esta situação, sobretudo desde que começaram as chuvas mais intensas. Infelizmente, as ajudas internacionais estão a ser muito mal geridas e muito mal coordenadas”, acrescentou o comandante.
Dossier:
O Holocausto Haitiano

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