O número de sindicalistas mortos subiu 30% em relação a 2008, com a América Latina a destacar-se na perseguição à luta pelos direitos dos trabalhadores.
O ano passado terminou com 101 sindicalistas assassinados no mundo, a maior parte na América Latina.
De acordo com os números divulgados pela Confederação Sindical Internacional na Conferência da Organização Internacional do Trabalho, o ano passado terminou com 101 sindicalistas assassinados. Quase metade (48) na Colômbia, 16 na Guatemala, 12 nas Honduras, seis no México, seis no Bangladesh, quatro no Brasil, três na República Dominicana, três nas Filipinas, um na Índia, um no Iraque e um na Nigéria.
"A Colômbia foi, uma vez mais, o país onde, mais do que noutro lugar, lutar pelos direitos fundamentais dos trabalhadores conduziu à morte, apesar da campanha de relações públicas do governo colombiano para convencer (a opinião pública) do contrário", declarou o Secretário-geral da CSI, Guy Rider, citado pela agência Lusa num comunicado.
O relatório da central sindical aponta o agravar da crise económica como razão para o desrespeito pelos direitos sindicais, com a repressão a aumentar em países como a Argélia, Argentina, Bielorrússia, Birmânia, Costa de Marfim, Egipto, Índia, Irão, Quénia, Nepal, Paquistão e Turquia.
Os sindicalistas criticaram ainda o facto de países como os EUA, a China ou Índia ainda não terem ratificado a Convenção da OIT de 1949 sobre direito de organização e negociação colectiva, deixando cerca de metade da população activa do planeta sem garantias.
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