por Michelle Amaral da Silva e Patricia Benvenuti
Somente este ano a capital paulistana registrou dez conflitos em regiões de periferia. Com cenas transmitidas pelas televisões que até parecem repetidas ou orquestradas, os protestos tem como característica comum a forte repressão policial.
A rotina de barricadas expressa a revolta dos moradores contra as tantas formas de exclusão e violência de que são vítimas. Os saldos destes enfrentamentos são casas e pertences destruídos, pessoas presas e feridas.
Lideranças de movimentos e cientistas sociais atribuem o aumento dos protestos à interferência do poder público nas comunidades, despejadas de suas casas por grandes intervenções urbanas, desrespeitadas pelo aparato policial e desprovidas de direitos elementares.
As barricadas que dividem São Paulo
Protestos expõem insatisfação das periferias em face às diversas formas de violência a que são submetidas
O uso da violência planejada
A rotina de violência é a mais forte expressão dos estigmas e da falta de políticas públicas para diminuir o fosso das desigualdades
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