O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, começou o ano com um duro ataque aos trabalhadores e à juventude. No dia quatro de janeiro a tarifa do ônibus na cidade aumentou de R$ 2,30 para R$ 2,70 e a integração com o metrô passou de R$ 3,65 para R$ 4,00. O aumento atual, de 17,4%, está muito acima da inflação do período sem aumento nas tarifas. Sem contar os aumentos exorbitantes feitos anteriormente.O passageiro que utilizar, em média, duas integrações por dia, gastará R$ 240 em um mês, o que representa quase a metade do salário mínimo.
Estudos indicam que mais de três milhões de pessoas vão a pé para o trabalho ou para escola por não terem dinheiro para pagar a passagem. Essa situação se agrava cada vez mais, pois o transporte coletivo está nas mãos das empresas privadas que usurpam um serviço público para obterem milhões em lucros.
Esse aumento prejudica ainda mais os estudantes que, mesmo tendo direito à pagar meia passagem (e estão sujeitos às empresas como a UMES que cobram caro pelas carteirinhas), ficam ainda mais limitados para estudar ou ter algum tipo de atividade cultural ou de lazer. O aumento da tarifa foi feito no período das férias escolares para dificultar a mobilização estudantil.
Mesmo assim, já existe mobilização nas ruas da cidade de São Paulo contra os abusos de Kassab/Serra.Em um momento que começam a surgir mobilizações na cidade contra o caos causado pelas enchentes, nesta quinta-feira, dia 7, nosso partido (o PSTU) se somou a diversas organizações em uma passeata que reuniu cerca de 500 pessoas e que percorreu as ruas do centro, saindo do Teatro Municipal passando pela Praça da Sé e seguindo até o Terminal Parque Dom Pedro.
A passeata seguiu com apitos, músicas e confetes e entre gritos de “Se a tarifa aumentar a cidade vai parar”, a manifestação foi bem recebida pela população que saía às janelas dos prédios para cantar junto.Os manifestantes queriam levar o ato para dentro do Terminal, convidando a população a protestar também e fazendo um “catracaço”, deixando que os passageiros entrassem nos ônibus sem pagar, mas quando estavam se aproximando da entrada foram barrados pela polícia que em seguida lançou bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo.
A polícia correu atrás dos manifestantes, dispersando o ato com spray de pimenta e cassetetes e não parou quando estes se refugiaram próximo às barracas do comércio e foram jogadas bombas entre os lojistas, que tiveram que abaixar as portas, e entre os consumidores, que tiveram que se esconder. Mais de dez manifestantes foram detidos e vários ficaram feridos. A despesa dos usuários de transporte público em São Paulo deverá subir ainda mais nos próximos meses, já que o Metrô, a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e empresas de ônibus intermunicipais anunciaram que também reajustarão o valor de suas tarifas.Apesar da repressão de
Kassab e Serra a mobilização continuará!
Cancelamento do aumento da tarifa!
Estatização do transporte público em São Paulo!
Transporte público, barato e de qualidade para todos!
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Fonte: http://www.pstu.org.br/
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