sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Cai o ditador do Egito: Todo Poder aos trabalhadores e a juventude do Egito: Nenhuma confiança no Exército!

O vice-presidente do Egito, Omar Suleiman, comunicou ao mundo a renúncia do ditador pró-estaduniense Mubarak. que viu seu reinado ruir, feito castelo de areia, em face da revolução do povo daquele país, que há dezoito dias ocupa as ruas, exigindo sua renúncia.

Suleimam, disse ainda que MubaraK repassou o poder ao Conselho Supremo das Forças Armadas, ou seja, para o Exército, que ficou até o último momento ao lado do ditador.

As forças Armadas egípecias, da qual Suleimam faz parte, já sinalizou claramente que fará tudo para manter a essência do regime de Mubarak, mesmo com sua queda.

Os gritos do dia 10, na praça Tahrir, “civil, civil, não militar”, diante da possibilidade dos militares tomarem o poder, o que acabou se concretizando hoje, dia 11, demonstram que a revolução não acabou, que é preciso que o povo egípcio tome o poder, levando até as últimas conseqüências as lutas que estão travando.

Essa é a única forma para que a revolução não retroceda. Este retrocesso signficara a usurpação do poder por militares ou por políticos pró-EUA/Europa ou mesmo por correntes religiosas.

Explosão de júbilo em vários países do Oriente Médio

A renúncia do presidente egípcio Hosni Mubarak foi saudada nesta sexta-feira por cenas de júbilo e buzinaços em vários países do Oriente Médio, em especial no Líbano, Doha e Gaza (foto).

A renúncia do presidente egípcio Hosni Mubarak foi saudada nesta sexta-feira por cenas de júbilo e buzinaços em vários países do Oriente Médio, em especial no Líbano, Doha e Gaza.

A partir do anúncio da saída de Mubarak, depois de 18 dias de revolta popular, moradores de Beirute celebraram a notícia abrindo garrafas de espumante e abraçando bandeiras egípcias.

O Hezbollah xiita, que mantém difíceis relações com o Egito, felicitou o povo por sua "vitória histórica".

Segundo um fotógrafo da AFP, disparos foram ouvidos na periferia de Beirute onde, como em Trípoli (norte), longas filas de automóveis invadiram as ruas com suas buzinas. Seus ocupantes mostravam bandeiras egípcias, em meio ao espocar de fogos de artifício.

Na Faixa de Gaza, milhares de pessoas celebraram o acontecimento atirando para o ar como forma de expressar uma alegria transbordante.

Os islamitas do Hamas, que controlam o território, acusavam as autoridades egípcias de contribuir para o isolamento da Faixa de Gaza, ao manter fechado por longos períodos o terminal fronteiriço de Rafah.

Alto-falantes nas mesquitas chamavam a população para as manifestações.

Membros das Brigadas Ezzedine Al-Qassam, braço armado do Hamas, reuniram-se na cidade de Gaza.

Na Cisjordânia, desfilavam centenas de pessoas de todas as idades, portando bandeiras egípcias e palestinas, ocupando em especial a praça principal de Ramallah, sede da Autoridade palestina.

No Qatar, milhares de egípcios e árabes de outros países se reuniram na praia na capital, Doha, cheia de centenas de veículos enfeitados com bandeirolas alusivas.

Os manifestantes entoavam o hino egípcio, "Biladi" (meu país), aos gritos de "Viva o Egito", "o Egito é livre, os ladrões se foram".

Alguns mostravam cartazes com fotos do presidente egípcio Gamal Abdel Nasser, morto em 1970.

Na Jordânia, afetada há várias semanas por um movimento de protesto social e político, mais de 3.000 pessoas foram comemorar diante da embaixada do Egito. Alguns distribuíam flores.

No Iêmen, milhares de pessoas ocuparam as ruas de Sanaa para festejar a saída de Mubarak e pedir a queda do regime iemenita, comprovou um correspondente da AFP.

Fonte:

http://www.cgn.inf.br/?system=news&action=read&id=119401

http://defesadotrabalhador.blogspot.com

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