Treze grupos de sem-teto invadiram na madrugada desta segunda-feira ao menos dez imóveis em São Paulo. Segundo líderes do movimento, pelo menos 2.250 pessoas estão nos imóveis localizados na região central e zona leste da cidade, mas a polícia não confirma o número. Não há informações sobre confrontos.
Os primeiros imóveis invadidos foram dois prédios em fase de construção na rua Tabatinguera, na região central, por volta da 0h. Segundo líderes do movimento, o conjunto era construído para atender famílias de sem-teto, mas as obras foram interrompidas. Pelo menos 150 pessoas estão no local, segundo os manifestantes.
No mesmo horário, outro grupo invadiu um prédio da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo) na rua Carlos Guimarães, na região do Belém, na zona leste.
Anderson Barbosa/Fotoarena/Folhapress |
Sem-teto invadem prédio na região central de São Paulo |
Segundo os sem-teto, a invasão teve início com 300 pessoas, mas boa parte foi embora com a chegada da polícia e de representantes da construtora responsável pela obra. Uma advogada dos sem-teto esteve no local e, após negociações, apenas cem pessoas continuaram no imóvel.
Por volta da 0h30, cerca de 300 manifestantes invadiram um prédio particular na rua Conselheiro Nébias, no bairro de Campos Elíseos (região central). Na mesma rua, de acordo com os manifestantes, outras 400 pessoas invadiram outro prédio particular. Segundo os sem-teto, os dois prédios estavam desocupados.
Outros quatro prédios foram invadidos na avenida São João, na mesma região, por aproximadamente 1.000 pessoas, de acordo com os manifestantes.
Pouco tempo depois, um grupo também invadiu um prédio na rua Borges Figueiredo, na Mooca (zona leste). Segundo os sem-teto, 300 pessoas invadem o imóvel.
A última ação da madrugada ocorreu por volta das 4h, quando sem-teto invadiram um imóvel na rua Rio Branco, na região central. Os manifestantes não divulgaram o número de pessoas queinvadiram o local.
Os sem-teto reivindicam um encontro com representantes dos governos municipal, estadual e federal para discutir políticas de moradia e exigem a definição de datas para o início de obras de moradia e a liberação de imóveis desocupados por famílias de baixa renda.
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