Metade mais pobre da população fica com 17,7% da renda, mostra IBGE
DE SÃO PAULO
A parcela dos 10% de brasileiros mais ricos ficou com 44,5% da renda nacional em 2010, contra o 1,1% da renda conquistada pelos 10% mais pobres. As informações fazem parte dos Indicadores Sociais Municipais do Censo Demográfico 2010 divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
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Editoria de Arte/Folhapress |
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As estatísticas revelam que, apesar do crescimento da renda em todos os níveis, o país ainda é muito desigual. A metade mais pobre da população ficou com apenas 17,7% da renda total.
A renda média mensal das pessoas com 10 anos ou mais foi calculada em R$ 1.202 pelo IBGE. Na área rural, a renda ficou em menos da metade (R$ 596) dos rendimentos médios da zona urbana (R$ 1.294).
Entre as regiões, o Centro-Oeste (R$ 1.422) e o Sudeste (R$ 1.396) tiveram os rendimentos mais elevados, vindo em seguida o Sul (R$ 1.282), Nordeste (R$ 806) e Norte (R$ 957).
O número médio de moradores em domicílios particulares permanentes foi calculado em 3,3 pelo IBGE. Nos domicílios com rendimento, a média cai conforme o aumento do rendimento domiciliar per capita.
Na classe de até um oitavo do salário mínimo, o número médio de moradores foi de 4,9; já na de mais de dez salários, foi de 2,1. A tendência foi observada em todas as regiões, tanto nas áreas urbanas como nas rurais.
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REGIÕES
O percentual de pessoas sem rendimento foi mais elevado nas regiões Norte (45,4%) e Nordeste (42,3%) e mais baixo na Sul (29,9%), ficando próximos os da Sudeste (35,1%) e Centro-Oeste (34,8%).
Entre as pessoas que recebiam mais de cinco salários mínimos, os percentuais das regiões Nordeste (2,6%) e Norte (3,1%) ficaram em patamar inferior ao das demais. O indicador alcançou 6,1%, na região Sul; 6,7%, na Sudeste; e 7,3%, na Centro-Oeste.
A distribuição das pessoas de 10 anos ou mais por classes de rendimento mostrou que, na área rural, os percentuais de pessoas nas classes sem rendimento (45,4%) e até um salário mínimo (15,2%) foram maiores que os da urbana (35,6% e 4,8%, respectivamente). Já a parcela que ganhava mais de cinco salários mínimos mensais ficou em 1% na área rural e 6% na urbana.
GINI
O índice de Gini, que mede o nível de concentração dos rendimentos, foi calculado em 0,526. Ele varia de zero, a igualdade perfeita, a um, o grau máximo de desigualdade.
Nas regiões, o índice mais baixo foi o da Sul (0,481) e o mais alto, da Centro-Oeste (0,544). O índice de Gini da área urbana (0,521) foi mais elevado que o da rural (0,453).
CENSO
Participaram do Censo 2010 cerca de 190 mil recenseadores, que visitaram os mais de 5.500 municípios brasileiros. Ao todo, foram entrevistados representantes de 67,5 milhões de domicílios no período de 1º de agosto a 31 de outubro --outras 899 mil residências foram consideradas fechadas.
Os primeiros dados da pesquisa, que identificou uma população de 190 milhões de pessoas, foram revelados em abril deste ano. Nesta quarta-feira, o IBGE divulgados dados consolidados e novos recortes das estatísticas.
Fonte: Jornal Folha de São Paulo
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