Denunciamos o abandono da defesa da soberania espanhola por parte do governo em favor dos especuladores financeiros internacionais e nacionais com a desculpa de que é preciso dar confiança aos “mercados” no lugar de enfrentá-los, como tem feito o povo da Islândia, denunciando e julgando os seus banqueiros delinquentes.
Denunciamos que a guerra financeira e comercial mundial entre as oligarquias internacionais é a causa da instabilidade e da crise nos países periféricos da zona do euro. Merkel e Sarkozy impedem a defesa do euro para favorecer os interesses de seus exportadores nacionais, impedindo que defendamo-nos dos especuladores internacionais que se encontram, sobretudo na Cidade de Londres.
Denunciamos que esta crise especulativa está sendo utilizada para acabar com o Estado de Bem Estar Social na Espanha e no conjunto da Europa.
Denunciamos os acordos do último conselho de ministros, os quais são resultantes da pressão especulativa sobre a dívida espanhola, infladas pelos planos de resgate da banca financeira e privilégios fiscais. Nestes acordos suprimiu-se sem debate algum, o pagamento dos 426€ para pessoas desempregadas em situação de longo prazo; voltou-se a redução de impostos das corporações enfraquecendo os impostos diretos e aumentando os impostos indiretos; privatizam-se os grandes aeroportos espanhóis, Barajas e o Prat, agravando a viabilidade econômica futura da AENA; e se privatiza 30% da Loteria Nacional do Estado. E tudo isso se faz ao mesmo tempo em que se socializam novamente as perdas das empresas de autoestradas privadas no valor de 200 milhões de euros às escondidas da opinião pública.
Manifestamos que a saída da crise passa pela cobrança dos que a causaram, estabelecendo um imposto sobre as transações financeiras na Europa, aumentando os investimentos públicos com mais impostos diretos e acabando com a fraude fiscal e os paraísos fiscais. Convocamos os parlamentos autônomos que exijam um imposto sobre as transações financeiras (ITF) já!
Consideramos fundamental a elaboração de estratégias e articulações para uma convocatoria de uma greve geral Europeia para dar uma resposta da mesma dimensão ao âmbito do que as políticas estão promovendo, atacando o estado de bem estar.
Por tudo isso, convocamos que saiamos às ruas no próximo dia 18 de dezembro apoiando a convocatória dos sindicatos europeus e das organizações da sociedade civil contra os planos de ajuste em todos os países europeus e na defesa da Europa social e da democracia.
A tradução é do Cepat.
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