domingo, 28 de julho de 2019
domingo, 21 de julho de 2019
3º Bimestre - Texto 2 - A origem da contagem do tempo
Desde que o homem notou pela primeira vez
o movimento regular do Sol e das estrelas, começou a se perguntar sobre a
passagem do tempo. A população pré-histórica registrou as fases da Lua, pela
primeira vez, cerca de 30 mil anos atrás. Desde então, a contagem do tempo tem sido a
maneira pela qual a humanidade tem observado os céus e representado o avanço
das civilizações. Chamamos de Cronologia o estudo do tempo e é
com base neste conjunto de conhecimentos que a humanidade consegue, até os dias
de hoje, controlar e organizar sua vida e suas atividades.
Para
os caçadores do Período Paleolítico, a posição dos astros e suas
periodicidades eram usadas para saber quando a Lua mudaria, em que
períodos as diversas estações da natureza aconteciam e qual sua influência no
comportamento e migração dos animais para que a caça e a pesca pudessem ser bem
sucedidas. Como viviam em bandos, uma caçada mal sucedida poderia comprometer
sua alimentação e, consequentemente, sua espécie. Já no Período
Neolítico, arar a terra, semeá-la e o período de colheita precisavam de medidas
de tempo precisas para que os períodos mais favoráveis fossem observados para
que cada fase da agricultura fosse completada com sucesso garantindo, assim, o
prosseguimento da espécie em um dado local.
E
estas medidas de tempo tinham por base fenômenos naturais repetitivos. Ora,
antigamente, antecedendo à invenção da escrita, a humanidade não detinha
conhecimentos acerca da construção de artefatos (ferramentas) que os
auxiliassem na medição do intervalo de tempo. Desta forma, recorrer aos
fenômenos naturais que fossem periódicos tornava-se a ferramenta mais favorável
naquele momento onde despontava a aurora da nossa civilização. Os fenômenos
periódicos mais utilizados foram os movimentos dos corpos celestes e, a partir
daí, estes fenômenos passaram a determinar as estações do ano, os meses e
os anos.
Exemplificando,
há cerca de 20.000 anos, os caçadores faziam medição de tempo contando os
dias entre as fases da Lua, por meio de marcações em gravetos e ossos. As
descobertas arqueológicas (restos mortais e ferramentas antigas) indicam que em todas as civilizações antigas,
desde os primeiros hominídeos, algumas pessoas estavam preocupadas com a
medição do tempo, seja por motivos religiosos, agrícolas ou de estudo dos
fenômenos celestes (uma forma antiga de astronomia).
Os Sumérios (povo
residente na mesopotâmia) chegaram a elaborar um calendário, que dividia o
ano em 12 meses de 30 dias, sendo que os dias eram divididos em 12 períodos
(que equivalem a duas horas), e dividiam cada um destes períodos em 30 partes
(aproximadamente 4 minutos). Pelo período ocupado por essa civilização (entre
5.300 e 2.000 anos antes de Cristo), a precisão de seu calendário é fantástica!
Além
dos sumérios, os Egípcios também tinham um calendário que utilizava
os ciclos das fases da Lua, mas que passou a utilizar o movimento da
estrela Sirius, que passa próxima ao Sol a cada 365
dias, na mesma época em que a inundação anual do Nilo tem início.
Isto foi muito importante para o crescimento da civilização
Egípcia. Heródoto (historiador grego) afirmou que “O Egito é um
presente do Nilo.”, já que a região seria apenas deserto se não houvesse
este rio.
Podemos
então sintetizar, afirmando que os fenômenos celestes é que determinavam o
período de fertilidade da terra e o comportamento dos animais e tiveram grande
preocupação para muitos povos.
Com
o passar dos anos, muitos instrumentos para contar o tempo surgiram: relógios
de areia, de sol, de água, ... Até chegar aos modernos relógios atômicos.
Por muitos séculos, a humanidade guiou-se
pela sombra de um objeto projetada pelo sol, a sombra do gnomo, dos relógios de
sol, para medir o tempo. Inicialmente, talvez no paleolítico ou neolítico, a
medição por parte dos homens primitivos devia estar baseada na modificação do
comprimento de sua própria sombra, que crescia até o meio dia e decrescia na medida
que o dia se esgotava com a aproximação da noite, quando ele deveria estar de
volta à segurança de seu abrigo. Posteriormente, a medição do tempo orientou-se
para o calendário, para a identificação das estações do ano, que era informação
essencial para as civilizações que praticavam a agricultura, em face da
estreita dependência desta dos fatores climáticos, diretamente ligados à
passagem das estações.
O relógio
de água foi um dos primeiros sistemas criados pelo Homem para medir o
tempo. A ampulheta é um dos meios mais antigos de medir o tempo. É
constituída por duas âmbulas (recipientes cónicos ou cilíndricos) transparentes
que comunicam entre si por um pequeno orifício que deixa passar uma quantidade
determinada de areia de uma para a outra - o tempo decorrido a passar de uma
âmbula para a outra corresponde, em princípio, sempre ao mesmo período de
tempo. Eram frequentemente utilizadas em navios (onde se usavam ampulhetas de
meia hora), em igrejas e, no início da utilização do telefone, servia, em
alguns locais, para contar o tempo dispendido numa chamada (no Norte de
Portugal, por exemplo, esta prática era comum em algumas casas comerciais).
Foi muito utilizada
na arte para simbolizar a transitoridade da vida. A morte, por exemplo, é muitas
vezes representada como um esqueleto com uma foice numa das mãos e uma
ampulheta na outra.
Fonte: https://www.infoescola.com
Atividades:
1 – No início da
história humana nossos ancestrais não usavam ferramentas sofisticadas, portanto
eles recorriam aos fenômenos naturais para medir o tempo. Quais os fenômenos
naturais periódicos mais utilizados para medir o tempo?
2 – Como os antigos
caçadores contavam o tempo?
3 – Como sabemos que
os antigos caçadores e todas as civilizações antigas estavam preocupados com a
medição do tempo?
4 - Quais civilizações
(povos) aparecem no texto como pioneiros na contagem do tempo?
5 – Cite outros
instrumentos que foram inventados para medir o tempo.
sexta-feira, 19 de julho de 2019
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