segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Expansão Marítima Européia séculos XV e XVI

 Expansão Marítima Européia séculos XV e XVI

Cap. 5 – EXPANSAO MARITIMA EUROPEIA –SEC. XV E XVI

Introdução
  • Até o séc. XV – os europeus só conheciam algumas partes do mundo: Norte da África, Oriente Médio e parte da Ásia;
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  • Desconheciam a maior parte da África, Ásia e sequer imaginavam que existissem outros continentes, como a América e a Oceania;
  • Isso mudou a partir da necessidade de mercadorias inexistentes na Europa e o desejo de expandir a fé católica e a cultura européia;
  • A partir do séc. XV – portugueses e espanhóis alcançaram regiões da Terra até então desconhecidas na Europa;
  • O contato entre europeus e nativos dessas terras trouxe conseqüências para os dois lados.

O comércio e as navegações
  • Inicio do séc. XV – Gênova e Veneza (Itália) eram os principais centros de comércio da Europa;
<< comércio europeu na Idade Média
  • Os comerciantes europeus buscavam mercadorias em diferentes lugares; Constantinopla (atual Istambul, na Turquia), pertencente ao Império Romano do Oriente, era o principal centro de vendas;
  • Lá, mercadores árabes ofereciam grandes variedades de artigos vindos 
    da Ásia (especiarias, tecidos, pedras preciosas, animais e produt 
    os manufaturados – espelhos, tesouras, etc.);
  • As especiarias (pimenta do reino, canela, noz-moscada...), revendidas a altos preços na Europa, eram as mais procuradas;
  • 1453 – esse comércio sofre forte abalo com a invasão de Constantinopla pelos turco-otomanos;

Império Otomano – formado pelos muçulmanos turcos no Oriente Médio, após tomarem a cidade de Constantinopla (1453), pondo fim ao Império Romano do Oriente. O Império Otomano existiu até 1922, quando foi derrotado na 1ª Guerra Mundial e dividido em vários países. O centro desse império deu origem à atual Turquia.

  • Os turco-otomanos fizeram um acordo com os mercadores venezianos garantindo a eles o monopólio do comércio em Constantinopla. Resultado: os preços das mercadorias vendidas pelos venezianos na Europa ficaram muito caros;
  • Diante disso, comerciantes e navegadores de outros países europeus decidiram buscar novos caminhos para chegar á Ásia (Índias) sem passar pelo bloqueio dos turcos; assim, poderiam adquirir as mesmas mercadorias a preços bem baixos;
  • Em Portugal, a aliança entre a burguesia (comerciantes) e o rei garantiu o pioneirismo na descoberta de um novo caminho marítimo para as Índias;
  • Os espanhóis chegaram logo atrás...
Curiosidades
Especiarias – eram conjunto de temperos (canela, noz-moscada, pimenta, açafrão...) que, no séc. XVI, os europeus traziam de terras distantes – Índia, sudeste asiático e África. São ervas e plantas com propriedades aromáticas, usada para temperar (sabor e aroma) os alimentos. Também eram usadas para a conservação de alimentos e fabricação de remédios.

Os portugueses contornam a África
  • Desde o fim da Idade Média, Portugal era um caminho natural entre os comerciantes europeus que passavam entre o norte e o sul do 
    continente;
  • Os portugueses acabaram tendo bastante contato com navios e navegadores e Portugal já buscava novas fontes de comércio em direção à Ásia;
  • 1415 – D.João I (dinastia de Avis) ordenou a invasão da cidade muçulmana de Ceuta, importante entreposto comercial e militar do Mediterrâneo, no norte da África;
  • A expedição vitoriosa foi comandada pelo infante D.Henrique (1394-1460), filho do rei, marcando o inicio da expansão ultramarina de Portugal;
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  • Os portugueses descobriram que o ouro que chegava a Ceuta vinha de Tomboctu (atual Máli) e resolveram também conquistar essa região (lado oeste da África) contornando o continente;
  • Não foi fácil; os portugueses tiveram dificuldades em atravessar o Cabo Bojador (hoje pertencente ao Saara Ocidental);
  • 1424-1533 – 15 expedições foram enviadas e todas fracassaram...
  • A 1ª expedição a contornar o cabo Bojador foi comandada por Gil Eanes (1434), que afastando-se da costa africana (alto-mar), conseguiu passar por pontos de difícil acesso próximo ao litoral;
  • Ultrapassado o cabo Bojador, as embarcações portuguesas chegar a lugares cada vez mais distantes;
  • 1460 – os portugueses já haviam chegado até Serra Leoa (oeste da África).

Curiosidades
Infante D.Henrique – príncipe português, filho de D.João I. Em 1415 integrou as tropas de seu pai na tomada da cidade de Ceuta (hoje, Marrocos). Governou Ceuta e, depois, a província de Algarves (sul de Portugal). Em Sagres, patrocinou viagens de descoberta às ilhas da Madeira e toda a costa ocidental da África.


O cabo da Boa Esperança
  • 1453 – quando os venezianos ganharam a exclusividade sobre o comércio com Constantinopla, os portugueses já conheciam boa parte do litoral africano; resolveram, então, contornar a África para chegar às Índias;
  • 1487 – Bartolomeu Dias (1450-1500) chegou ao sul da África, passando pelo cabo das Tormentas; mais tarde, D.João II mudou o nome para cabo da Boa Esperança...
  • Em Portugal, Bartolomeu Dias, recebeu ordens de D.João II para preparar nova expedição com direção à Índia;
  • O novo rei, D.Manuel I (1469-1521), entretanto, entregou a direção da expedição a outro português, Vasco da Gama (membro da nobreza e não um simples navegador) para negociar com os governantes indianos;

Os portugueses chegam à Ásia
  • Vasco da Gama (1468-1524) refez o trajeto de Bartolomeu Dias e chegou a Melinde (atual Quênia) onde recebeu a ajuda de um chefe local que lhe forneceu um guia para chegar a Calicute (Índia);
  • Lá, o rajá recebeu Vasco da Gama, mas não gostou de seus presentes (chapéus, pedaços de coral e potes de mel...), achando que era um aventureiro que apenas queria roubar as riquezas do local;
  • Para garantir a aliança com o rajá de Calicute, D.Manuel I enviou outra expedição mais numerosa e com presentes mais valiosos;
  • O comandante era Pedro Álvares Cabral; no meio da viagem (22/4/1500) chegaram à Bahia (Brasil).

Curiosidades:
Bartolomeu Dias (1450-1500) – foi o 1º europeu a cruzar o Cabo da Boa Esperança. Esteve com Cabral quando este chegou ao Brasil. Morreu em 1500 ao atravessar o Cabo da Boa Esperança pela 2ª vez.
D.Manuel I (1469-1521) – era primo e cunhado do rei D.João II; expulsou judeus e mouros de Portugal e investiu na expansão marítima portuguesa. Em seu reinado, os portugueses chegaram às Índias e América (Brasil) e expandiram as possessões portuguesas na África.
Vasco da Gama (1468-1524) – de origem nobre, defendeu as colônias portuguesas na costa da Guiné. Sua viagem às Índias foi narrada no poema épico “Os Lusíadas”, de Luís de Camões; é também nome de time de futebol no Rio de Janeiro.

Os espanhóis chegam à Ásia
  • Tentando chegar às Índias, os espanhóis também se lançaram ao mar;
  • 1492 – antes de Vasco da Gama encontrar o caminho para as Índias, o genovês Cristóvão Colombo, a serviço da Espanha, aventurou-se numa viagem semelhante;
  • Na época, Colombo era um dos poucos que acreditavam que a Terra era redonda; partiu, então, da Espanha em direção ao ocidente com a certeza de que chegaria às Índias;
  • Meses depois de sua partida, avistou terra firme; chegou à América pensando estar nas Índias;
  • 1506 – morreu acreditando ter chegado à Ásia; erroneamente chamou os nativos da América de “índios”;
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  • A “descoberta da América” iniciou uma disputa entre Portugal e Espanha pela posse das terras que ainda viessem a ser encontradas;
  • 1494 – o papa Alexandre VI intermediou a disputa e os dois países assinaram um acordo – o Tratado de Tordesilhas – onde o mundo foi dividido em duas partes, a partir de uma linha imaginaria a 370 léguas a oeste de Cabo Verde. O que estivesse a oeste ficaria com a Espanha; as terras do leste ficariam com Portugal.

Curiosidades
Cristóvão Colombo (1451-1506) – italiano de Genova, ofereceu seus serviços aos reis da Espanha, Fernando e Isabel; fez quatro viagens à América (1491 a 1498); assumiu o cargo de vice-rei das terras descobertas e entrou em conflito com a população local; voltou para a Europa onde morreu pobre e com a certeza de ter chegado às Índias.
América – o nome do continente descoberto é uma homenagem a Américo Vespúcio, navegador de Florença, contratado por Portugal (1501), para reconhecer as terras descobertas por Cabral um ano antes. Ele provou que as novas terras não faziam parte da Ásia (Índias), mas de um novo continente.
Américo Vespúcio (1454-1512) – preparou as embarcações para a 1ª viagem de Colombo (1492); em 1501 e 1503 participou de outras expedições à América, batizando vários locais do atual território brasileiro (Cabo de Santo Agostinho, Rio São Francisco, Baía de Todos os Santos, Rio de Janeiro, Cananéia, Angra dos Reis...).

Circum-navegação da Terra
  • 1519 – nova tentativa dos espanhóis de chegar á Ásia pelo oeste;
  • O português Fernão de Magalhães parte da Espanha com cinco embarcações para contornar a América e chegar à Ásia pelo oceano Pacifico;
  • Seguem pela costa da América em direção ao sul, passando pelo Brasil, até chegarem ao estreito que liga o Atlântico ao Pacifico; chamaram a região de Terra do Fogo (os nativos dali acendiam fogueiras que podiam ser vistas durante a noite); o mesmo lugar, mais tarde, foi chamado de Estreito de Magalhães;
  • Após cruzarem o Pacifico chegaram à Ásia, mas Fernão morreu antes de concluir a viagem;
  • O espanhol Sebastião Elcano passou a comandar a viagem; dos cinco navios que partiram, apenas um voltou à Espanha, em 1522;
  • A expedição provou que o planeta era esférico e não plano como muitos pensavam na época.

Curiosidades
Fernão de Magalhães (1480-1521) – navegador português que teve a idéia de chegar às Índias contornando a América; deu nome ao estreito que liga os oceanos Atlântico e Pacifico, ao sul do continente; morreu nas Filipinas, em combate com nativos da região.
Chineses na América – segundo os chineses, o viajante Zheng He teria chegado à América antes de Colombo, entre 1405 e 1433. Ele teria traçado a primeira rota entre a Ásia e o leste da África, pelo oceano Indico. O tamanho de sua expedição era impressionante: 280 navios e 27.800 homens. Colombo só chegou a América 87 anos depois com três navios – Santa Maria, Pinta e Nina – e menos de 300 homens.

Monstros marinhos e o medo do mar
  • Séculos XV e XVI – vários fenômenos e acontecimentos eram int 
    erpretados como sobrenaturais pelos navegadores;
  • Contava 
    m historias fantasiosas sobre “homens marinhos” (os iupiara) – monstros gigantes que comiam partes de suas vitimas;
  • Por ser pouco conhecido, o oceano Atlântico era chamado de “Mar Tenebroso”; muitos acreditavam que suas águas ferviam e terminavam num abismo sem fim.

Expansão Marítima Européia sec. XV e XVI


trabalho escolar mostrando um pouco da expansão marítima europeia (Observação: Cabral chegou ao Brasil em 1500, e não em 1499 como diz o vídeo)

1492 - A Conquista do Paraíso

Versão editada do filme, com ênfase nas motivações de Cristóvão Colombo e da Espanha nas navegações que chegaram à América em 1492.

Fonte: https://sites.google.com/site/historia1958/7o-ano---expansao-maritima-europeia-seculos-xv-e-xvi

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